Os personagens negros estão presentes já no primeiro
painel daquela que é considerada a primeira história em
quadrinhos do Brasil. Nhô Quim, de Angelo Agostini, estreou
em 30 de janeiro de 1869 e, em sua primeira cena,
mostra o criado Benedito se despedindo da sua família
enquanto Nhô Quim também se despede de seus pais.
Durante séculos, a participação dos negros em
ResponderExcluirimportantes acontecimentos históricos foi simplesmente
omitida. Segundo o livro As Injustiças
de Clio, de Clóvis Moura, eles foram apagados
da história ofi cial como se dela nem tivessem
participado. Somente em anos recentes o papel
dos negros em episódios históricos foi resgatado
e valorizado, inclusive nas histórias em quadrinhos.
O cartunista Maurício Pestana é autor
de uma coleção de histórias contando algumas
dessas passagens. As revistas foram produzidas
e editadas para o projeto socioeducativo do grupo
Olodum. A Revolta dos Búzios, A Revolta dos
Malês e a Revolta da Chibata são os volumes já
publicados. Na mesma linha, Pestana publicou o
álbum Revolução Constitucionalista de 1932 em
Quadrinhos, sobre a participação de um batalhão
formado por soldados negros.
O álbum Balaiada, a Guerra do Maranhão, roteirizado
por Iramir Araújo e ilustrado por Ronilson
Freire e Beto Nicácio, também retrata um levante
contra o regime imperial e que teve como protagonistas
um líder negro.